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Mostrando postagens de 2012

Sem por nem que

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Sem motivos aparentes Sem tempo Nem ente Mas presente Sem por nem que Uma ausência Um nó Um receio Apenas um não saber Ou algo vai acontecer Sem por nem que Hoje não liguei a TV Sem “on” Sem “off” Sem som Nem imagem Sem por nem que Imerso Quase hermético Serrado Quebrado Mas vivo Mesmo sem por que Nem para que Triste. Ricardo Pereira, Recife, 03 de dezembro de 2012, 21:55

Um novo amanhã.

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                Ter cuidado, pensar bem antes de escolher um caminho, tentar prever as possibilidades, tudo a partir do que vivemos até então e do que vemos agora. Julgar, decidir escolher, acreditando que as observações pertinentes irão mudar, ou melhor, diminuir, o risco de algo negativo ou ruim acontecer.                 Verdade ou ilusão?                 Fato: nunca saberemos.                 O amanhã é e sempre será uma incógnita, mas nossos atos têm consequências e mudam a todo tempo nossa trajetória, criam novos vieses, porém, não acho justo que estanquemos nossas vidas, até concordo que algumas pausas sejam necessárias de acordo com os percalços vivenciados, mas pausa...

Sementes de Esperança

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Tenho plantado sementes de esperança Tenho regado sementes de esperança Mesmo na terra escura Aparentemente sem vida Um tanto seca Tenho insistido nas sementes de esperança Alguns brotos começam a sair A buscar o sol Alimentando a planta Fotossíntense Seiva Folhas Força, vontade de viver Crescer Esperança que se entrelaça Fortalece Floresce Frutifica E volta a semear A terra vive Respira E os novos ciclos se renovam Verde. Ricardo Pereira, Recife, 19 de novembro de 2012, 21:39
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                O que fa z com que alguém não consiga confiar em nada nem ninguém, qual razão, motivo, que consegue impregnar com tamanha falta de esperança o olhar pelo outro?                 Confesso que até certo ponto, tenho uma pontinha de inveja, mas que desvanece na pontinha mais ínfima que existe. Já compartilhei algumas experiências de vida, geralmente profissionais, com pessoas desse tipo, que não conseguem de modo algum, confiar, ou acredita que algo positivo possa vir do outro.                 Engraçado como geralmente estas pessoas, na minha observação, conseguem se interessar, ter mais proximidade, com pessoas vis, a partir deste ponto, começam minhas elucubrações.             ...

A moça na janela.

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Havia uma moça na janela De lá, tudo ela via, Havia um novo horizonte, E uma ponta de medo ela sentia, Como se algo estivesse para acontecer. Observava! Naquela noite amarela, O vento soprava leve e fresco, Dando uma leve tranqüilidade no ar Que apenas era quebrada pela sua impressão, Aquela sensação de que algo estava fora da ordem, Fora do eixo, mesmo parecendo tudo perfeito. Assim continuava tranqüila, Observando a tudo e sentindo a brisa, Que batia levantando levemente a sua saia branca . Uma certa liberdade lhe corria o pensamento e a alma, Fazendo por vezes a má impressão desvanecer, Por alguns segundos Ela continuou ali parada, Por uma eternidade de instantes, Sentindo as impressões incertas, Na sua vista concreta De um horizonte etéreo. Sérgio Pereira, Luanda, 17 de outubro de 2007, 22:50.

Raiva

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Desejos que desnorteiam a razão Deixam pensamentos no chão Vontades desconcertantes Inebriam meu semblante Indecisos pensantes Sádicos Cínicos Errantes Bichos escrotos Rotos Vão se fuder. Ricardo Pereira, Recife, 24 de Julho de 2012, 23:19