Desaprender
Hoje, me dei conta, de como aprendi a não me empolgar com promessas, me deparar com esse fato, foi intrigante, principalmente, com a constatação de uma certa ingenuidade perdida, que não volta. Para além desta nova compreensão, me vem aos ouvidos a frase de uma amiga muito querida “...aprendemos errado, é preciso desaprender...”
Mas como desaprender e conseqüentemente como aprender o certo, tendo como “certo” algo que nos faça melhor, que nos faça crescer, e assim surge: como tornar essa mudança possível?
Família, amigos, amores, trabalho, dinheiro, relações, de tudo que aprendemos sobre, o que realmente está certo, o que precisa mudar, quem poderia abrir nossos olhos? Não sei, e não conheço quem saiba.
Nossas escolhas nos trouxeram até aqui, baseadas no que aprendemos, mesmo que certo ou errado, a vida se fez, com gozos e dores, sorrisos e lágrimas.
Respeitar o sangue, amor eterno, amigos para sempre, o valor do dinheiro, o trabalho enobrece o homem, tantos mitos, tantas receitas de bolo, enfiadas de goela abaixo, que não resultam, que não são recíprocas, que simplesmente não funcionam.
Estamos quebrados?
Crescer acreditando numa vida perfeita, se perfeita ela não é?
De repente, em algum momento, se enxerga o óbvio, se compreende que as receitas estavam erradas, que as coisas não são como fora dito, e que para viver, tem-se que desbravar uma floresta, de concreto, de natureza e ou de gente, para tanto, precisamos perder a inocência, temos que deixar de acreditar, temos que mentir, temos que nos moldar ao que se entende como normal(maioria), temos que ser maldosos, e jogar, numa especulação abstrata do pensamento do outro e quando somos a parte fraca do jogo, temos que engolir sapos inteiros (mesmo que gigantes).
Mas a pergunta que não quer calar: como desaprender?
Imaginando como seja:
1º Querer.
2º Ter coragem.
3º Tentar, persistir.
Ricardo Pereira
Recife, 14 de março de 2012, 22:02

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