Onde está o tempo presente?
Semana
de medos, receios velhos, novos e futuros, a constatação pura e simples de que,
controle, é uma mera ilusão, algo que inventamos para continuar, para seguir.
Realmente
não sinto falta dessa sensação, mas não há como negar, ela existe, e permeia,
imagino eu, a vida de todo mundo que pensa, principalmente de nós os
neuróticos.
A
solução para tudo, seria: Não penso, logo não existo?
Brincadeiras
a parte, a grande questão é: Onde está a responsabilidade e o compromisso das
pessoas? Como resposta, penso que tem se perdido, tal e qual, a capacidade de
se comunicar em tempo real, usando apenas boca, e o corpo inteiro como
expressão, seguido de possíveis toques, sorrisos.
Estou
triste com a constatação que tenho cada dia mais sentido: estamos desaprendendo
a viver o presente.
Triste por querer mas não cuidar
Triste por comprometimento sem compromisso
Triste por falar sem expressar ações
Triste por não compartilhar o que é necessário
Triste por querer ouvir e encontrar apenas vácuo
Triste por perceber que atenção desprendida é desatenta
Triste por sentir que a importância tem se perdido
Triste por não entender que escolhas temos feito
Triste por que a superficialidade é o profundo d’antes
Triste por saber que o respeito caiu em desuso
Triste por continuar acreditando
Triste por esperar reciprocidade
Triste por não saber se sou entendido
Triste por triste
Sérgio Pereira
Recife, 29 de janeiro de 2013, 23:19
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