1, 2 ,3, Eus
Sangue que pulsa e impulsa
Metade de mim é razão
Que pensa, conta, calcula, mede
Tudo de mim é impulso
Paixão
Fogo
Espírito
Mesmo que por razão
Metade de mim peca
Metade de mim pede perdão
Há fogo constante e brigadas intermitentes
Haverá sempre um conflito
Haverá sempre um questionamento
Um pensamento
Uma vontade que não conclui um desejo
Uma razão que grita desesperadamente com um
impulso
E as contradições
As contradições
Me afogarão como água que enchem pulmões a
morrer
Assim serei eu
Uma mistura de dois lados
Uma briga de dois pensamentos
Uma vontade de balanceamento constante
Para que proporções se equilibrem
Balizem
E coexistam em harmonia
Haverá sempre em mim Sagrado e
Profano
Doce e Salgado
E uma soma de eus
Que me torna quem sou
Ricardo Pereira,
Recife, 27 de julho de 2013,
22:24
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