Coisas que tenho e sou

Tenho por princípios não esperar
Tenho a razão como lógica
Quero objetividade,  como se natural ao mundo fosse
Tenho minhas verdades, mas há um medo de convicções
Vivo impulsos com lampejos de minhas razões
Por vezes foi preciso voltar para por um ponto, um fim
Me contradigo em expectativas, que a razão não muda
Mas tenta abafar
Inicio coisas sempre com esperança
Tenho o pessimismo como prudência
Mas padeço de um otimismo altista
Que me faz projetar sonhos e nem sempre realizar
Brinco de controle, sabendo que não existe
Consigo rugir como um leão, mas sempre com um plano de evasão em mente
Amo desafios, sempre os escolho,  mas reclamo quando os consigo
Gosto de quase tudo, sigo correntezas
Mas sei aportar e usar: motor, vela e o que for preciso pra mudar direções
Tenho sentido um desejo enorme de algo que não tenho
Já posso ter tido e talvez nunca terei
E por vezes penso não existir
Mas os anos me trouxeram ums fé ligada ao meu otimismo altista
Que insiste em me devanear
Em possibilidades, que não sei.
Sérgio Pereira
Recife, 17 de julho de 2014,  00:12

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