O que se quer? O que se gosta?
O que se quer? O que se gosta? Já se fez estas perguntas? Respostas são tão difíceis, às vezes sinto que não as encontrarei, como se tivesse escondido toda e qualquer possibilidade de elucidação embaixo de camadas e mais camadas de vida, de anos, de sonhos tolhidos, de preceitos morais e regras sociais.
O tempo corre e me parece que deixei passar a hora certa de me revoltar, de surtar, de fazer tudo errado, não sei se tenho paciência ou coragem para reconstruir, para chutar o pau da barraca, mas ao mesmo tempo sei que não existe tempo para isso, ao menos quero acreditar que não existe e que o tarde é apenas uma ilusão que inventamos para nos proteger de sofrer ou seria de viver?
As respostas não vêem, a cada racionalização surge mais uma pergunta num vórtice sem fim que não se desenrola, eu tenho medo de enlouquecer, de perder, de falhar, eu sei do que não gosto, do que não quero eu, mas o que eu realmente quero é saber o que de fato eu quero para mim, por mim.
Dias de glória
Momentos de fúria
Lembranças, esquecimentos
Felicidade, amigos, amores, família
Desejos, sonho, realidade
Querer e não saber
Querer e não poder
Querer e não ter
Querer e querer
Deixar a euforia vir
Por qualquer coisa,
Uma música,
O mar, por lembrar
Por mim, por você
Sentir aproveitar
Beijar, rir
Amar, amar muito
Mesmo sem saber o que virá
Amar, se arriscar
Simplesmente tentar.
Ricardo Pereira,
Recife, 02 de maio de 2011, 22:55
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