La no fundo.
Há uma dor lá no fundo
Num canto escuro
Amplo e vazio
Que pode explodir
Quero sentir o sangue
A dor latejar lentamente
Ver a carne rasgar
Perco o fôlego
O suor cai
Escorre pelo meu rosto
O nariz goteja
Sem ar, nem vento
Escuridão
Mofo
Podridão
Trevas
Quero matar a morte
Que sem norte
Abala a sorte
Quero ainda para ontem
Flagelar bajuladores
Escarnecer os falsos
Com uma faca justa
E uma lança ávida
Quero gritar ao vento
Justiça! Que de tão cega,
Foi esquecida.
Retorna, não finda!
Ricardo Pereira,
Recife, 04 de janeiro de 2012, 23:57
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