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Mostrando postagens de abril, 2012

Buraco sem saída

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Um buraco, Fundo, negro e úmido Com paredes escorregadias Infestado de um odor fétido Do lado esquerdo uma porta E a placa: para sair aperte o botão vermelho Ao lado do botão Álcool gel 70% Preso? Ricardo Pereira, Recife, 26 de abril de 2012, 23:19

Um convite?

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Não, não é um convite Nem uma intimação Tanto tempo tentando Buscando mesmo sem buscar Querendo mesmo sem razão Mas, não, não é um convite. Sim, pode ser um desejo, Uma vontade natural Com várias dimensões E universos paralelos Mas, não, não é um convite. Uma porta aberta Um caminho livre Uma felicidade sem explicação Sem convite Nem intimação Apenas êxito Eterno enquanto dure. Ricardo Pereira Recife, 26 de abril de 2012, 23:05

Embaixo da mangueira

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  Embaixo da mangueira Um universo inteirinho só para mim Tudo se fazia possível Lindo e mágico Numa perfeição lúdica Que jamais encontrarei Embaixo daquela mangueira enorme Com raízes tão grandes e profundas Folhas de goiabeira transformavam-se Em pássaros, dragões e dinossauros Mangas verdes ruminavam em currais Suas raízes eram montanhas e castelos O musgo ao redor acrescentava suavidade a tudo Embaixo da mangueira A minha vida era só cor e alegria Com odores tão peculiares que jamais esquecerei Cheiro de felicidade simples Sem porque, sem para que Apenas ser e ter Tudo, sem precisar de nada A euforia de um vôo A tranqüilidade de respirar dentro da água A força de levantar as pedras mais pesadas Poderes incríveis Todos conseguidos embaixo da mangueira Nos veios das suas raízes, no mundo do possível. Embaixo da mangueira Não havia ontem, nem amanhã Apenas o tempo de ser feliz Ricardo Pereira, em 08 de junho de 2010 e 18 de abril de 2012. Caruaru /Recife

Aquilo que não sei

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                O que não se sabe, sim, não se prevê, como algo que é primeiro, virgem. Um lugar estranho, o primeiro dia no trabalho novo, na escola, o primeiro encontro, o amor sempre novo de novo, o outro que se vai conhecer.                 Emoções primeiras, mesmo que conhecidas se transformam na circunstância do inesperado, do momento incerto do descobrir, não se antevê.                 Viver o risco da dualidade de possibilidades opostas, sempre possíveis, bom ou ruim, doce ou salgado, uma adrenalina que gera medo, que nos impeli ou impede, e uma expectativa que nem sempre conseguimos sublimar.                 Mundos diferentes, palavras faladas, escritas, pensadas, soltas, devolvid...

Incongruêcias de uma mente inquieta.

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                Tanta energia, tanta força, vontade e querer, ao mesmo tempo, tanto desperdício, muito pensar, pouco agir, contradições de uma vida moderna, de concepções arraigadas.                               Tanto se vê, se sabe, e nada, nada está claro, sinto falta de mãos no meu rosto, de mão na mão, de direção, cabeça no ombro, de estar dois, mesmo sabendo que esta não é solução.                 Um ritmo crescente, numa cadencia que me remete a corrida, um fluxo constante que se eleva, com força, como o principio de uma situação que vai culminar numa felicidade plena (pela eternidade de segundos).                 Eu precis...

Um final de semana feliz

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                Um final de semana feliz, repleto de recortes de felicidade, de encontros de ternura, de afeto, como se mesmo sem planejar, a harmonia tomasse conta, de uma forma tão natural que se questiona se é real.                                 Sexta a noite um sonho de casal,                 A casa, o lar, a família que se forma,                 O sonho que muitos perseguem                 O sonho que se consegue                 1 +1 = 3     ...