Aquilo que não sei
O que não se sabe, sim, não se prevê, como algo que é primeiro, virgem. Um lugar estranho, o primeiro dia no trabalho novo, na escola, o primeiro encontro, o amor sempre novo de novo, o outro que se vai conhecer.
Emoções primeiras, mesmo que conhecidas se transformam na circunstância do inesperado, do momento incerto do descobrir, não se antevê.
Viver o risco da dualidade de possibilidades opostas, sempre possíveis, bom ou ruim, doce ou salgado, uma adrenalina que gera medo, que nos impeli ou impede, e uma expectativa que nem sempre conseguimos sublimar.
Mundos diferentes, palavras faladas, escritas, pensadas, soltas, devolvidas, desentendidas, palavras mortas, palavras vivas, frustrações, mundos diferentes, possibilidades.
A vida é um mar de antagonismos que existem simplesmente para equilibrar, gosto de acreditar nisso, por isso mesmo com medo do novo, do desconhecido eu me arrisco, nem sempre é fácil, nem sempre é vitorioso, mas sempre é extremamente enriquecedor.
Muros, montanhas, rios, existem percalços, que nos forçam a pensar, a buscar soluções, saídas, que nos ensinam a seguir a desistir, a saber parar ou continuar tentando, nem que seja por uma ultima vez.
Ver a verdade, para além, do que se quer como verdade, nem sempre é confortável, mas não sei diferente, ainda preciso desaprender muita coisa para reaprender com mais sabedoria, enquanto não acontece ou vem acontecendo no tempo que o tempo tem, continuo seguindo, tentando, enfrentando, esperando e buscando.
Ricardo Pereira
Recife, 16 de abril de 2012, 23:15
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