Incongruêcias de uma mente inquieta.
Tanta energia, tanta força, vontade e querer, ao mesmo tempo, tanto desperdício, muito pensar, pouco agir, contradições de uma vida moderna, de concepções arraigadas.
Tanto se vê, se sabe, e nada, nada está claro, sinto falta de mãos no meu rosto, de mão na mão, de direção, cabeça no ombro, de estar dois, mesmo sabendo que esta não é solução.
Um ritmo crescente, numa cadencia que me remete a corrida, um fluxo constante que se eleva, com força, como o principio de uma situação que vai culminar numa felicidade plena (pela eternidade de segundos).
Eu preciso escutar as palavras que digo, e ir, ir, para onde ainda não fui, para o que quero.
Silencio que não há
Gritos surdos
Palavras perdidas
Tentativas frustradas
Caminhos escuros
Vazio
Cristalizar
Endurecer
Sem perder o brilho
Polir
Lapidar
Mas não ser perfeito
Ser tudo
Porém humano
Orgânico
Plural
Carnal
Espiritual
Somar
Multiplicar
Dividir para dois.
Ricardo Pereira,
Recife, 09 de abril de 2012, 23:40
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