2º Domingo e Maio
Fui lá, matar minha saudade, ou
melhor, atualizar suas bases, como desculpa o
dia das mães, embora, desculpa não seja necessário, mas nesse mundo capitalista
temos que seguir certos ritauis, para ninguém olhar para você e falar:
- Que filho ingrato, nem foi ver a mãe!
Para min esta questão de data, é
como clichê já aclamado aos quatro
ventos: comercial. Dia da mãe, tem de ser todo dia, bem como, do Pai e do Saci
Pererê, mas falando especialmente das mães, que este não seja apenas um dia de
lembrar que ela existe, mas sim para a renovação constante do amor que
geralmente existe nessa relação.
Foi um dia tranquilo, com aquele
cheiro de comida invadindo a casa, com os sobrinhos brincando por todos os
lugares, com pai, irmão , cunhada, sushi e ela: minha mãe.
Conversa de cozinha, aqueles
momentos que ficam em forma de sentimento, lembrança afetiva, que influencía
quem és, o que te tornas-te, que te faz acessar imediatamente lembranças
emotivas de toda uma vida, boas, ruins, vida.
Foi
um dia leve, que deixou aquele gostinho de: não quero que acabe.
É
o nosso primeiro amor, mãe, tenho a sorte de sentir e ser correspondido, tenho
a sorte de não mistifica-la mais, o que tornou tudo tão mais bonito, gosto dela
assim, como gente, com erros e acertos, me sinto mais próximo, compartilho
mais.
Lembro
dela em momentos improváveis, me vejo muitas vezes imaginando o que ela
aconselharia, o que diria e faria. Foi dificíl e de certo modo ainda é, mas
hoje consigo ouvir melhor suas palavras, e entender com mais tranquilidade a
sabedoria do olhar sobre a vida que ela tem.
Ricardo Pereira,
Recife, 13 de maio de 2012, 21:14
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