Aprendendo a desistir


                Há  momentos em nossas vidas,que desejamos algo ou alguém, e que de repente pensamos ter encontrado, não digo, ter conseguido e sim  apenas vislumbrado no horizonte. Nesse momento a esperança vem e nos preenche com o que é necessário para trilhar o caminho do que se avistou, porém, esquecemos que a miragens existem,
                Cheios de um otimismo cego, seguimos, mais para imagem do objeto de desejo do que o objeto em si. Num dado momento, chegamos ao que vimos ou supostamente idealizamos ter visto,
                 Nem sempre, o algo ou alguém, é recíproco ou como pensávamos ser, existe inúmeras particularidades que por mais minuciosos que sejamos não conseguiremos prever, saber ou existir.
                Ainda assim, repletos de esperança e otimismo, na euforia da chegada do encontro, mesmo que todos os sinais contrariem, insistimos.
                Chega então a razão, que para uns pode demorar e para outros chega a cavalo. Nasci então uma nova necessidade de se reprogramar, de desistir da idéia, do sonho, do desejo, de ver além do além visto.
                Há um vazio, físico e emocional, extremamente intangível, mas que remete a uma sensação de perda, mesmo que esta seja do que nunca se teve, porém junto com tudo isso há a possibilidade do novo, de novo.
                Assim a roda gira e a vida continua.

Ricardo Pereira
Recife, 20 maio de 12, 22:44.

Comentários

  1. Você falou por mim nessa parte...

    Há momentos em nossas vidas,que desejamos algo ou alguém, e que de repente pensamos ter encontrado, não digo, ter conseguido e sim apenas vislumbrado no horizonte.

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