Água
Água,
um elemento que sempre me fascinou, na sua forma fluida, límpida, na sua malemolência,
por todas as possibilidades em ser água. Gosto de parar e admirar, seja num
rio, seja no mar, seja num aquário, consigo ficar absorto como se meus
pensamentos pairassem sobre a fluidez que observo, leve e possível.
Água implica meu pensamento
naturalmente a pensar em liberdade, liberdade tamanha que mesmo quando a
isolamos ela encontra uma maneira, mesmo que lenta, de se libertar, evapora para condensar depois.
Não a seguramos, mas ela nos
envolve, podendo nos dar vida, morte, dor, felicidade, sofrimento, prazer.
Mas
como ter água, sem modificar seu estado, sem frear sua força, sua abrangência, sem
represa-la, como ser apenas
um barco que navega através?
Eu sei nadar
Mas posso me afogar
Eu sei boiar
Mas posso afundar
Eu sei viver
Mas vou morrer
Eu conheço felicidade
Mas também a tristeza
Eu posso continuar
Mas também posso desistir
Eu sinto medo
Mas posso lutar
“Se eu fosse um peixinho
Que soubesse nadar...”
Águas limpdas,
Águas turvas,
Turbulentas, mansas,
Voláteis.
Ricardo Pereira,
Recife, 07 de Março de 13, 19:00
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