Quebrando as correntes do mal
Tenho sido acometido por uma
raiva sem precedente, mas em nenhum momento a deixei tomar conta de mim, dos
meus atos. Tenho estado cansado de ser engando, de ser tratado como se não importasse,
pelo Estado, pelas pessoas, pela mídia, por todos e tudo aquilo que faz uso da
visão apenas para olhar o próprio umbigo.
Não sei o que fazer, mas em algum
momento o copo transbordará, e valha-me Deus, não ocorra um “ Dia de Fúria”.
São chefes que não sabem ouvir,
centralizam e colocam a culpa nos outros, são pessoas que não sabem amar e saem
por ai seduzindo e destruindo os sentimentos alheios, políticos que aprovam
leis que não seguem e roubam de quem não tem e de quem tem, é uma sucessão de
injustiças irreparáveis, que exprime a mais pura humanidade no seu lado podre e
que existe dentro de todos.
Ficamos sem voz, ficamos sem
explicação, há um silêncio covarde que nos é imposto e uma mouquidão para o que dizemos. Ausência, inercia,
apatia, como quebrar essa onda malévola que sempre existiu, como brincar de o
bem vence o mal até que passe a ser real?
Talvez nada nunca mude, ou a mudança
seja tão lenta que não percebamos, cada um fazendo a sua parte tudo mudará, mas
fico pensando, e cada um que desfaz o que foi feito, soma e subtrai, igual a
zero, nada.
Não consigo pensar numa solução,
mas tem de haver uma reação, tem de haver um principio para mudança, com força,
temos que demonstrar nossa insatisfação, mesmo que pareça contraditório, não
creio na violência, não falo de agressão, mas sim de um posicionamento sobre as
coisas, ter a coragem de se posicionar, discordar, e argumentar quando ouvir ou ser acometido por um absurdo,
algo que você jamais diria ou faria.
Quebrar essa corrente de
caras-de-pau, que fazem o que querem, que de tão absurdos deixam todos apáticos.
Ricardo Pereira
Recife, 30 de janeiro de 2014, 11:55
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