Ta tudo errado, mas tudo continua igual
Sigo buscando rumos e direções em mapas que nao sei ler, ajudas mágicas num GPS surreal, creio e sinto cada dia mais, que não é uma questão particular da minha pessoa, tenho o sentimento cada vez mais arraigado de que a humanidade em si, é uma sucessão de perder-se, que de tão natural, se entende e se tem como certo.
Perdição, sim, é onde estamos e onde imagino nunca sairemos, está na nossa essência e como parte desta, coibe e cega em massa a possibilidade mínima de contestação, as minimas oposições, mesmo na sua parcialidade de elementos é abatida, abortada e declarada alienada.
Copiamos, mimetizamos tudo que vem antes, há sim pequenos ajustes, ou melhor dizer, defeitos na reprodução, na repetição, que costumamos chamar de evolução, de crescimento, de civilização. Nos denominamos civilizados, inteligentes, e continuamos, salvo as novas alegorias, cada vez mais brutos, apenas temos mais camadas de verniz, de fantasia.
Tudo existe pelo interesse, o altruísmo e uma ilusão altista e antagonica que confirma o que somos de fato. Seres que vivem numa busca por sobreviver, suavisada nas falhas de reprodução em alguns momentos e nem tanto em outras, no fim, estamos todos na selva, procurando, comida, casa, caça, território, procriar, sobreviver.
Disfarçados, em cargos profissionais, em titulos acadêmicos, em postos de poder, tirando pra ter, cerceando sem restrições para vantagem própria, brigando por uma falta que poderá haver, que imprimimos aos mais fracos, deixando mais complexo tudo que poderia ser mais simples.
Compramos um modelo, engolimos ele, aceitamos, e vamos piorando na réplica, sem coragem para pensat diferente pra ser diferente, pois, tudo é grande demais para se tentar só.
Mas há umas poucas almas que tentam, há quem não desista, há uma esperança.
Ricardo Pereira.
Recife, 18 de Abril de 2014, 20:38
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