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Mostrando postagens de 2011

Pensar, neurotizar, desejar, viver.

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Uma vontade enorme de abrir um vinho, verter a taça, perceber o líquido preencher o espaço vazio, sentir o aroma se espalhar, minha boca salivar, seguido de uma boa música e pensar. Pensar racionalmente e especulativamente sobre a vida, sobre o meu redor, o que vejo e deixo de ver, pensar pelo simples ato de pensar, numa neurose que quero chamar de leve, mesmo achando que não cabe. Subverter, sim, adoraria, queria tanto, mas não faço, parece que gosto do quadrado, mesmo que fique desconfortável, tenho um tempo, um tempo que se faz necessário antes da subversão, da mudança de fato, tempo esse, que não sei precisar o suficiente, tem momentos que antecipo, em outros deixo passar por demais, e esse não saber seqüela minha vida, meu caminho, minhas reações, paro, me acostumo, e observo especulativamente tentando prever ou simplesmente ver o que é ou o quer será. Mas eu não quero continuar assim, não gosto, então penso, em como mudar e como vou fazer toda esta mudança, fica  tudo tão per...

Pensar, pensar, pensar?

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Medo de perder, perder o que quero mesmo que não seja como eu quero ou gostaria. Não sei se medo, é a palavra certa, mas há uma dúvida, uma incerteza que me incomoda e me faz entrar num circulo, quase que vicioso, de racionalizações de pensamentos especulativos, do que não sei, apenas imagino. O tempo, sempre o tempo, seus percalços do não saber, do não prever, com uma única certeza, mudança, que pode ser boa, ruim, que mudará tudo, podendo retroceder ou evoluir. A dúvida, hoje é tudo que tenho, é basicamente o que sou, mas não por inteiro, pois já sei algumas coisas que quero e outras tantas que não quero, contudo, como tê-las, qual a maneira certa, caso realmente exista uma maneira certa, de se chegar aos propósitos e evitar os percalços? Tudo que quero é saber, mas o saber leva tempo, então, penso em paciência, esta que às vezes me falta,acabo   esbarrando sempre nele, o tempo. Adoraria que a vida fosse como nos textos e falas de auto-ajuda, que dizem: o tempo quem faz é você...

A hora certa

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Para tudo há realmente uma hora certa, tenho procurando ao longo da minha curta vida aprender sobre o momento certo. O tempo ideal para desistir, para começar, para ouvir, para falar. Quero muito aprender a sentir este tempo de uma forma natural, imagino que isso venha com o tempo, mas gostaria muito de abreviar esta sabedoria, porém não é assim que a banda toca, me resta esperar e observar. Como acabei de ouvir na música nova do R.E.M, “We All Go Back To Where We Belong”, espero que seja verdade, quero acreditar nisso, pois pertencer é algo que nos faz ser. Hora de chegar, Tempo para começar, Hora de ir, Tempo de desistir, De algo, De alguém,  Mas não se sabe Ou não se quer saber. Qual o momento certo, Para dizer, para falar? Qual o tempo ideal, Para amar, para beijar? Existirá um tempo para voltar, Ou no tempo só cabe o futuro? Mudar de emprego, De profissão, sair de casa, Conhecer outros lugares, novas pessoas, Saber coisas novas, Provar novos sabores, sentir novos che...

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Falta de compartilhar, dizendo desta maneira, parece até que não tenho com quem, mas não é o caso, falo nesta hora daquele compartilhar tipo de travesseiro, mesmo que para tanto, o travesseiro não precise existir,   seria apenas uma figura de linguagem para falar de um compartilhar mais intimo e extremamente recíproco, que acontece a dois, quando ambos de livre, espontânea e natural vontade, abrem-se num construir e apoiar de idéias e ideais.                 Nesse mar que se forma, navega-se por sonhos, desejos, desabafos, amores, ódios. Na rotina de um dia, de um mês, de uma vida passada ou almejada, por vezes pode ser acometido de alguma tempestade, desentendimento, frustração, mas se trata apenas de um momento, para falar e ouvir, de uma forma nua, sem hora para acabar nem seção para pagar.                 Dias intensos! Repleto...

Um sonho, um sentimento, uma expressão...

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De repente eu estava na água, na água do mar, próximo a margem, senti o sal e um chacoalhar de ondas calmas, quase como numa lagoa com um vento forte, era noite e focos de luz me rodeavam, mergulhei meu rosto vi pequenos peixes e uma areia branca sob o facho de luz que vinha do alto, olhei ao redor e vários pontos estavam iluminados,   de uma fonte que não sei explicar, apenas estavam.   A água fora destes focos era turva, escura, mas não por estar suja ou enlameada e sim por falta de luz, era a escuridão da noite, a ausência da claridade. Não senti medo, a temperatura estava tão agradável, fiquei mergulhando, vendo os peixes, indo de um canto a outro, percorrendo os focos de luz que não entendia. Estranhamente eu estava sentado na água, como se houvesse algo sob mim, mas nada havia, parei um tempo e olhei ao redor, tentando perceber o ambiente, quando meus olhos se acostumaram vi tudo numa penumbra marrom, bem escuro, como se tudo estivesse em sépia. Atrás de mim um pouco ...

Despedida de Solteiro

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Gostar de alguém, se comprometer em estar com, se disponibilizar nesse processo de partilhar e pensar a dois, cheio de complexidades e impressões, numa negociação constante com base no que se vê da convivência possível, decisões são tomadas, caminhos são abertos e a vida, definitivamente transformada. O quanto você está disposto a ceder? Sim, ceder, pois sem um equilíbrio a relação não sobrevive. Balancear é quase que uma situação constante, que de tão rotineira torna-se imperceptível, até que se faça pesada por demais.                 Para tanto tem que valer a pena, tem que saber o que se quer e para onde se quer ir, do contrário, ficamos impelidos as regras do destino. Mas como saber o que se quer e qual a direção certa, ou se ao menos estamos pegando o transporte correto em direção a tudo isso.                 Não faço a mínima idéi...