Desejo, poder, perversão.
Interessante
perceber como algumas pessoas gostam de brincar com o poder que exercem sobre
as outras, como um gato que brinca com o ratinho que pegou e que nem vai comer.
Há uma crueldade não assumida nesses comportamentos, que faz parte da nossa
rotina social, das nossas relações, como uma arma no exercício de desejar e ser
desejo.
Algumas
pessoas abusam desse poder, e nisso perdem a sua beleza, porém para quem deseja,
perceber isso nem sempre culmina em realizar a sua posição de vítima, mesmo
que, espontânea da situação. Alguns
jamais conseguem de desvencilhar e se submetem ao poder que fornecem ao malvado
em questão, homens, mulheres, vitimas do que almejam e acabam confundindo com o
que enxergam como o mais próximo daquilo que de fato se quer.
Tão
difícil conseguir quebrar esse padrão, mas quando se aprende, as coisas podem
se tornar menos complexas, ao menos, a identificação dos praticantes dessa arte
de brincar com a presa.
Escolher
quem de fato nos quer bem, não é fácil, parece que somos ensinados a querer certos
modelos, que na realidade, não existem ou não funcionam. Sonho tem de ficar no
lugar do sonho, pois a realidade sempre é superlativa, com faces que os sonhos
não contemplam. Outro ponto instigante nessa busca pelo objeto do desejo, é que
alguns confundem o desafio da conquista com a impossibilidade dela, simplesmente
negam a impossibilidade e encaram tudo como desafio, alimentando mais ainda a quem
seja predisposto a perversão de brincar com sentimentos alheios.
Desse
modo a roda gira, a vida acontece, uns sofrem por querer, outras se chateiam
por serem preferidos, uns conseguem perceber a diferença entre miragem e
realidade, outros se jogam sem perceber o buraco. Vivendo e aprendendo a viver,
nem sempre se ganha, nem sempre se
perde.....
Ricardo Pereira,
Recife, 22 de julho de 2012, 15:51
Menino, esse teu texto, parece que eu já tinha lido :P
ResponderExcluirNão entendi :)
ExcluirRoda mundo, roda gigante...
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