Haverá uma Mão

          Há uma fragilidade embutida, que me perpassa, mais do que eu gostaria, momentos que mesmo ocultos me causam a sensação de  nudez, de um exposição forçosa mesmo que não percebida ao redor.

          Uma angústia solitária, um não pertencer, como se eternamente em transito, uma sabotagem, uma estupidez, uma racionalidade de fragmentos ilusórios, pegos ao acaso das situações possíveis, mas nem sempre visíveis, imaginação.

          Medo de ter para perder, a desconstrução da razão que me é tão conhecida, que me imprime tanta segurança, que me deixa tão certo, simplesmente me faz tremer. Me sinto só, estou aprendendo a andar, para alem de alguns tropeços, quedas virão, machucados ocorrerão.

          Haverá uma mão?

Ricardo Pereira
Recife, 29 de outubro de 2013, 23:03

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