Busca
Tantas buscas! Não consigo parar, por isso continuo buscando: amigos, amores, sons, gostos, felicidade, dinheiro, tudo aquilo que aprendemos como bom e essencial. Os passos são lentos, num tempo que não controlo por mais que tente. Como um ser vivo repleto de próprias vontades, me obriga a paciência, mesmo que a força, nos impede de correr com uma simplicidade sem a mínima necessidade de esforço.
Precisando de motivação me agarro a ilusões que forjo pelo caminho, ilusões que justifiquem a espera, a lentidão, o devagar. Caminhando muitas vezes esqueço-me de aproveitar a estrada e fico vivendo uma expectativa do que ainda não há. A ilusão do que me falta, do que me faça feliz, desaprendo a mirar a vida como é, são tantas influências surreais ao meu redor, tantas necessidades desnecessárias que inventam a todo instante, perco a noção do necessário, me perco de mim e de tudo ao meu redor.
Meus pequenos subterfúgios de ilusão não têm mais tanta eficácia, seu poder cada vez é menor, não há tempo, quero expressar minhas necessidades e o que me falta, quero gritar ao mundo mais receio que não haja ninguém para ouvir, receio tão profundamente que meu grito é apenas uma ilusão de algo que desejaria como solução, que sei não ser. Paro e busco, busco incessantemente em tudo e em todos: uma saída, um novo caminho, um novo lugar, um novo, novo de novo.
Tudo que tenho é a certeza de que nada é certo, não existem formulas nem mágicas, sinto a volatilidade da vida, que ganha cada vez mais autonomia a partir de minhas escolhas, das conseqüências geradas por elas, fazendo nascer novas ramificações, bifurcações, possibilidades, na qual, tudo pode acontecer inclusive nada.
*“Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi...”
Sérgio Pereira,
Caruaru, 07 de setembro de 2010, 23:45
*(Ilusión - Composição: Julieta Venegas / Adaptação para o português: Marisa Monte e Arnaldo Antunes )
Liento - Julieta Venegas
Ilusíon - Julieta Venegas y Marisa Monte
Precisando de motivação me agarro a ilusões que forjo pelo caminho, ilusões que justifiquem a espera, a lentidão, o devagar. Caminhando muitas vezes esqueço-me de aproveitar a estrada e fico vivendo uma expectativa do que ainda não há. A ilusão do que me falta, do que me faça feliz, desaprendo a mirar a vida como é, são tantas influências surreais ao meu redor, tantas necessidades desnecessárias que inventam a todo instante, perco a noção do necessário, me perco de mim e de tudo ao meu redor.
Meus pequenos subterfúgios de ilusão não têm mais tanta eficácia, seu poder cada vez é menor, não há tempo, quero expressar minhas necessidades e o que me falta, quero gritar ao mundo mais receio que não haja ninguém para ouvir, receio tão profundamente que meu grito é apenas uma ilusão de algo que desejaria como solução, que sei não ser. Paro e busco, busco incessantemente em tudo e em todos: uma saída, um novo caminho, um novo lugar, um novo, novo de novo.
Tudo que tenho é a certeza de que nada é certo, não existem formulas nem mágicas, sinto a volatilidade da vida, que ganha cada vez mais autonomia a partir de minhas escolhas, das conseqüências geradas por elas, fazendo nascer novas ramificações, bifurcações, possibilidades, na qual, tudo pode acontecer inclusive nada.
*“Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi...”
Sérgio Pereira,
Caruaru, 07 de setembro de 2010, 23:45
*(Ilusión - Composição: Julieta Venegas / Adaptação para o português: Marisa Monte e Arnaldo Antunes )
Liento - Julieta Venegas
Ilusíon - Julieta Venegas y Marisa Monte
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