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Mostrando postagens de abril, 2013

Ausência

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Ausência De formas, Cores, Sentidos, De gosto. Ausência Do que se quer Do que se pode ou poderia ter Ausência de idéias De ideais, de criatividade, Ausência de viver Morrer e nascer Ausência da ausência De estar cheio De estar completo De estar vazio Ausência que posso preencher Que posso converter Em bem Em mal Em prazer Ausência que me dói E que me constrói Ausência por escolha Por circunstância Por conveniência Ausência para não estar só Mais para se isolar Ausência para pensar Para amadurecer Para se ver e rever Ausência para dar e tirar valor De algo, de alguém, de si Para enxergar o que não se quer ver Para voltar do que se fugiu Um dia Por algo ou alguém Que se ausentou E se perdeu Sérgio Pereira Luanda, 03 de julho de 2007, 21:28

Beijo

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Pode  acontecer de vários modos Numa explosão impulsiva Numa estratégia perseguida Num roubo esperado, ou não Pode demorar Pode até não acontecer e virar sonho, ilusão Mas sempre, para existir vai haver toque Vai haver troca Pupilas que se dilatam Mãos que não ficam quietas, tateiam Pode ser lento ou apressado Suave ou febril Pode ser tudo junto e misturado Lábios que se unem Respirações que ofegam Línguas que se entregam Bocas que aceitam Maleáveis Numa dança de entregas Empatia sinestésica Pode ser um começo Um  talvez Um desistir Pode durar várias eternidades De um momento De um dia, meses, anos ou até de uma vida Pode ser simplesmente efêmero E até esquecido Mas mesmo assim, imprime Marca Que seja, bom, ruim Ou desenxabido Deve existir Pois, pode definir. Sérgio Pereira, Recife, 30 de abril de 2013, 0:49

Vencimento

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Qual o vencimento da sua vida, Da sua felicidade, Dos seus sonhos E ínfimas aspirações, Qual a data, hora, minuto, Que tudo, tudo vai aspirar, Você saberia dizer? Você desiste sem tentar Você tenta sem saber Você atira sem mirar E erra Erra para valer Você é um porra! E vai morrer, Sem saber Mesmo assim, sonha Quer ser visto, quer ver, sentir e tocar Ainda crê Ainda tenta Ainda...

Machucamos a quem amamos

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 Machucamos a quem amamos Com uma facilidade inerente Que de tão natural, não se percebe. Isso nos faz humanos ou vermes? Estando  perto e disponível Não valorizamos E se houver certeza, tudo se agrava Tudo piora Ferir torna-se quase que um comportamento habitual Palavras soltas sem pensar Esquecimento Ignorar Monstros masoquistas Tentados sempre ao que não presta Execrando o que de fato é bom E só depois Um dia Quando ninguém sabe ao certo Alguns acordam E aprendem A valorizar o que nos valoriza A amar ao que e a quem nos ama A agradecer pelo o amor que temos E tentar  desculpar - se por não ter agido assim antes. Somos monstros Brutos Egoístas Somos orgulhosos Somos humanos. Sérgio Pereira Caruaru, 09 de março de 2010, 09:22.