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Mostrando postagens de julho, 2012
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                O que fa z com que alguém não consiga confiar em nada nem ninguém, qual razão, motivo, que consegue impregnar com tamanha falta de esperança o olhar pelo outro?                 Confesso que até certo ponto, tenho uma pontinha de inveja, mas que desvanece na pontinha mais ínfima que existe. Já compartilhei algumas experiências de vida, geralmente profissionais, com pessoas desse tipo, que não conseguem de modo algum, confiar, ou acredita que algo positivo possa vir do outro.                 Engraçado como geralmente estas pessoas, na minha observação, conseguem se interessar, ter mais proximidade, com pessoas vis, a partir deste ponto, começam minhas elucubrações.                 Seria mais fácil manter estas relações por haver uma identificação, no fundo quem não confia, não merece confiança?                 Se a pessoa não presta, não terei muitas surpresas?                 Quem não confia tem uma visão distorcida da vida, logo é um cego?             

A moça na janela.

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Havia uma moça na janela De lá, tudo ela via, Havia um novo horizonte, E uma ponta de medo ela sentia, Como se algo estivesse para acontecer. Observava! Naquela noite amarela, O vento soprava leve e fresco, Dando uma leve tranqüilidade no ar Que apenas era quebrada pela sua impressão, Aquela sensação de que algo estava fora da ordem, Fora do eixo, mesmo parecendo tudo perfeito. Assim continuava tranqüila, Observando a tudo e sentindo a brisa, Que batia levantando levemente a sua saia branca . Uma certa liberdade lhe corria o pensamento e a alma, Fazendo por vezes a má impressão desvanecer, Por alguns segundos Ela continuou ali parada, Por uma eternidade de instantes, Sentindo as impressões incertas, Na sua vista concreta De um horizonte etéreo. Sérgio Pereira, Luanda, 17 de outubro de 2007, 22:50.

Raiva

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Desejos que desnorteiam a razão Deixam pensamentos no chão Vontades desconcertantes Inebriam meu semblante Indecisos pensantes Sádicos Cínicos Errantes Bichos escrotos Rotos Vão se fuder. Ricardo Pereira, Recife, 24 de Julho de 2012, 23:19

Desejo, poder, perversão.

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                Interessante perceber como algumas pessoas gostam de brincar com o poder que exercem sobre as outras, como um gato que brinca com o ratinho que pegou e que nem vai comer. Há uma crueldade não assumida nesses comportamentos, que faz parte da nossa rotina social, das nossas relações, como uma arma no exercício de desejar e ser desejo.                 Algumas pessoas abusam desse poder, e nisso perdem a sua beleza, porém para quem deseja, perceber isso nem sempre culmina em realizar a sua posição de vítima, mesmo que,  espontânea da situação. Alguns jamais conseguem de desvencilhar e se submetem ao poder que fornecem ao malvado em questão, homens, mulheres, vitimas do que almejam e acabam confundindo com o que enxergam como o mais próximo daquilo que de fato se quer.                 Tão difícil conseguir quebrar esse padrão, mas quando se aprende, as coisas podem se tornar menos complexas, ao menos, a identificação dos praticantes dessa arte de brincar com a presa.

Combustão de pensar

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                Pensamentos, desejos, planos, estratégias completas que nascem num piscar de olhos, de um momento para o outro, iniciados por algo ou alguma coisa que não   consigo precisar, nem saber, eclodem numa infestação latente, de uma combustão espontânea, rápida e intensa.                 Como num desencadear sucessivo de revelações, quero, posso, sinto e sei tudo que preciso, tudo que é necessário, datas, lugares, ordem, inicio, meio e fim, para absolutamente tudo que for pensado nesse lampejo.                 Uma revolução se revela, e tudo parece tão logicamente fácil, que acredito piamente que tudo pensado, simplesmente, se fará.                 Como falei, é uma combustão, um súbito, e como tal, se perde pela intensidade que chega, não tem como guardar, armazenar, alguns resquícios pairam depois do ocorrido, porém a força que explode no ato, não consegue se resgatar.  Ricardo Pereira Recife, 18 de julho de 2012, 21:35.

Confiar ou desconfiar?

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            Sinto como se fosse algo instintivo, que se forma a partir de leituras quase que inconscientes do que observamos, nesse ponto, falo de primeiras impressões, da leitura instantânea que fa zemos do outro , mas que por ra zões da nossa racionalidade precisamos testar e confirmar.             Deixamos de lado, o visceral, que nos fala de forma indelével, porém, que não se arraiga a um “por que” lógico e racional. Somos educados para saber o porquê, para não acreditar, para desconfiar, nesse raciocínio, no qual, a lógica vai se formar a partir dos fatos que observamos, com base em ângulos que nem sempre nos trarão um panorama completo da situação.             Uma sucessão de recortes, como numa colcha de retalhos, que de forma associativa, e ouso di zer especulativa, nos atrevemos a coser, com isso, vamos alimentando a nossa razão, e nos alicerçando para a escolha de: confiar ou desconfiar.             No meio dessa justificativa para a confiança, podemos também ser v

Minhas lembranças eternas

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                Sabe quando se é atingido por uma sequência de memórias boas, de um tempo que foi, de um tempo que não volta, de quando tudo foi tão bom que quando se olha para trás, o que houve de ruim ou duvidoso, parece apenas ter existido para tornar realmente tudo que houve especial, sim, como um contraste necessário para garantir que certas cores e  momentos, se sobressaíssem.                 Um tempo que as risadas eram fluidas, que cabeças diversas e diferentes tinham um pensamento compartilhado, um tempo onde dizer eu te amo era o verbo mais  conjugado, uma fraternidade, que penso eu, jamais tornarei a experimentar.                 Olho para essa eterna lembrança, e fisicamente, sinto, a energia que existia, a força que nos envolvia, a festas programadas ou não, a comunhão nas mais diversas horas, dionisíacas ou não. Lágrimas, risos, conversas sem fim, uma vontade pungente por algo maior, um desejo pleno por ir além.                 No meio desse turbilhão de lembran

Uma noite possível!

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                Tudo parece tão distante e impossível, gente por todos os lugares, pouca luz, música feliz e alta, numa batida eletrizante que reverbera por todos os cantos, por dentro e por fora, todos dançando num único ritmo, como se fossem um.                 Músicas atemporais tocam uma atrás da outra, levando todo o grupo a uma viagem, no tempo, ao passado, tocando todos de diferentes formas, de acordo com suas memórias, escolhas, caminhos.                 Reações são engolidas, abortadas, dissolvidas com álcool, misturadas com a euforia da batida, coisas que costumamos fazer, como se nada precisasse ter uma razão, um sentido, apenas o momento, mesmo que efêmero, mas intenso. Como se tudo fosse para sempre, dança, movimento, corpos, olhares, swing e a sensação de felicidade, que invade.                   Braços para cima, sorrisos no ar, olhares a se cruzar, seduções a se concretizar ou frustrar, jogos, brincar, pegar, sentir, beijar, ir pro cantinho, dançar juntinho,