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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

A hora

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A hora não vai passar Até acontecer Sei que vai esperar Até lá, Tudo que temos é um não saber A dúvida do que virá Do que será Por isso, ela, a hora Não vai passar Nossos medos terão que ansiar Para morrer ou se confirmar Até acontecer Aqui ou acolá O momento do encontrar Sérgio Pereira, Recife, 29 de fevereiro de 2012, 22:59

A bússola quebrou

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Minha bússola parece que sempre aponta para a direção errada, quero verdadeiramente acreditar nesta máxima, é tão mais fácil do que simplesmente reconhecer que eu não sei ler, analfabeto da rosa dos ventos, vou me perdendo, enveredando em novos caminhos, estradas límpidas, ensolaradas e umas escuras e úmidas. Cruzo com outros perdidos como eu e com outros tantos fixados e estabelecidos, sábios leitores das direções. E eu assim, perdido, mas uma vez, no meio dos achados, sem direção, ou sem vontade de seguir em mais uma vereda do labirinto, que cultivei, com a sabedoria que é própria dos que se perdem. Paira uma dúvida, qual será melhor: encontra ­­­­­­r­­­­­­­- se ou ser encontrado? Perdido e cansado de ser otimista, de ser feliz, racional, sereno,  querendo cair um pouco, ser fraco, ir lá em baixo bem no fundo, vê se crio forças para seguir, para levantar, retornar a margem, a estrada, com forças para me perder novamente. Queria ser mais fácil, gostar de “ai se eu te pego” , ficar f

Eu tenho medo.

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Eu tenho medo, o tempo passa, e eu continuo com medo, alguns mudaram, outros nasceram, mas nunca desapareceram, não consigo saber o quanto de ruim ou de bom esse sentimento me traz. Em alguns momentos eu agradeço a ele por existir, como um termômetro de proteção, em outros, no extremo oposto do agradecimento eu o amaldiçôo por me impedir de viver, por me coibir de escolher diferente. Sinto e sei, que alguns nascem fruto do nosso aprender errado, social, familiar, desde infância, numa programação tão amalgamada, que penso não conseguir mudar, por mais que já realize outros cernes. Brigo com meu perfeccionismo autista: a vida é muito curta para se preocupar com tudo. Razão e emoção e seus eternos embates, fortes utilizadores do medo, como fonte de barganha, me vejo por muitas vezes no meio desse fogo cruzado,   criado e   alimentado por mim, como se eu fosse apenas um terceiro.  Pensar é tudo que não queria, mas é da minha natureza, então, vou me moldando, me lapidando, aprendend