Bang, bang, bang!


Quero deixar de ser quem sou,
Quero esquecer do que me fiz e dos caminhos que percorri até aqui.
Quero o completo esquecimento, o branco, o limpo, o vácuo.
Quebrar as paredes da jaula tão bem construída,
A jaula que me mantém, serrado, inerte.

A morte do que fui,
A chance do que serei.
Eu tenho a chave,
Eu tenho o poder,
Mas como usar,
Como abrir,
Como começar tudo novo de novo.

Uma bagunça do caralho,
Que obstrui meu fluxo,
Tenho que me matar para poder viver.

Bang, bang, bang!

Ainda estou revirando o lixo.

Ricardo Pereira,
Recife, 18 de março de 2012, 22:40

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