Lado Negro


 

Como se um lado sombrio estivesse no controle
Sentidos, desejos, um fogo que arde
Algo que sabe desvanecer
Não estou sujo, nem tão pouco limpo
Vagueio entre o tudo e o limbo que me proponho
Sei quase tudo que quero e o que não quero
Quero coisas que não admito
Admito coisas que não quero
Me culpo
Me absolvo
Continuo me julgando
Sei algumas respostas
E inúmeras perguntas
Fico mudo
Estático
Pasmo

Um grito mouco
Ecoa por dentro do meu sangue
Divido entre não e sim

Perecível como tudo que é feito pelo homem
Pelo próprio homem
Por mim
Perecível

Dor, ódio, raiva
Vontade, impossibilidade
Cinismo
Plástico
Ilusão
Viver
Sobreviver
Seguir
Continuar
Esperar
Esperança
Mudar.

Recife, 15 de maio de 2012, 21:49



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