Exposição de obrigado!

Domingo nublado e chuvoso, família e criança matutina, correr na areia, sentir os pingos dos chuviscos momentâneos, deixar sua criança interior sair e aproveitar os nuances de momentos que não voltam, curtir os detalhes sem se dar conta naquele instante, fazendo tudo tão natural que não se nota tamanha felicidade.
Sem lutas nem racionalizações, da maneira que sonhamos a vida: simples!
Tarde de despedidas, hora de  dizer:
- Até logo, amei estar com vocês, já sabem o caminho e voltas são necessárias.
                Chego em casa, e percebo o perfume de família e de lar que foi deixado neste lugar que sentia tão de passagem, como se um feitiço se instaurasse na atmosfera, modificando-a. Tento assistir um filme que se apresenta mediano e levemente enfadonho...correr, o sol frio, sem chuva, apenas belas nuvens cinza encobrem o céu.
                Corro, penso, ofego, respiro, ando, canso, ultrapasso meu percurso corriqueiro, um vento envolvente numa calçada quase vazia paralela a um mar turvo de horizonte cerrado, fechado, anunciando um chuva que talvez chegue.
                Lovely day!
                Caminho de volta, e começo a pensar nos rituais que criamos ao longo de nossas vidas,  um vento frio me faz pensar em vinho e somar com domingo, definitivamente, vinho e domingo, são uma combinação que simplesmente me remetem a um ritual meu, muito meu, que pode ser acompanhado ou solitário, mas que simplesmente me faz bem, como numa comemoração em agradecimento pelo meu ontem, pelo meu hoje. Uma maneira de dizer a Deus ou a qualquer outra forma de crença que exista: muito obrigado, pela semana linda, arrematado por um final de semana tão acolhedor.
                Então, comprar vinho, queijos, frios, tomar banho, deixar tudo prontinho ritualizando meu obrigado, e nesse caminho da compra ao beber, pensar em agradecimentos específicos como a pessoa linda que foi e é Rose (a moça vestida de sol) que está para sempre marcada em minha vida, mesmo que eu esteja sendo um garoto meio distante nesse momento, mas que  não me esqueço dela e quero e vou corrigir essa distância, agradecer ao cineasta que apresentou-me deve o resto de um filme de curtas Francês e que fez minha semana ganhar novas cores, agradecer a vida e ao ciclos que virão em sua amplitude por vezes antagônicas.
Ricardo Pereira,
Recife, 17 de julho de 2011, 18:18.

Foto by me, antiga com um sentimento parecido.

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