Um dia comum.

Parecia apenas mais um dia comum, rotineiro, sem surpresas, tudo foi como geralmente é, o ir e vir, trabalhar, voltar, comer, tudo tão igual, os mesmos hábitos ao voltar para casa, num ócio improdutivo que por horas permeia a vida de qualquer cristão. Eis que no meio do nada surge um lampejo fortuito que nem se quer queria parecer possibilidade, incólume de qualquer pretensão, fluido e harmônico fez-se palavra e sutileza, de uma forma sempre suave, mas sagas, inteligente e direta.
Houve uma lacuna de tempo e espaço, apenas ligada por um sms, seguido de uma impressão de dissolução, descontinuidade. Ledo engano! Surpresa ao toque de um telemóvel, conhecer um lugar novo,
Uma pessoa nova,
Conversar,
Rir,
Beber,
Comer,
Trocar olhares,
Não saber se as impressões estão corretas,
Ser surpreendido
E ficar.
                Ficar e querer repetir, e repetir, e lembrar, várias vezes, mas sempre de uma forma tranqüila, tenro como um lírio, como o inicio de algo que não se sabe, nascem pequenos brotos de cuidado, intimidade e atenção numa velocidade que nem a terra adubada pode explicar.
Apenas cuidar e esperar a florada chegar.

Ricardo Pereira,
Recife, 18 de julho de 2011, 22:05.

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