O novo


O novo, foi exatamente o que eu pedi durante praticamente todo o meu ano de 2010, escrevi, falei, clamei: quero tudo novo de novo! Então, parece que Deus ouviu minhas preces, que o universo conspirou ao meu favor ou que o segredo segundo quem quer que seja se realizou.
Este ano tem sido uma caixinha de novidades explodindo a cada instante, em todos os seguimentos da minha vida, seja profissional, familiar, amoroso, tudo tem uma novidade, tudo tem uma cara nova, mas a grande questão é que sonhar o novo não implica em saber as possíveis incertezas e adaptações necessárias, não concerne em pensar em todas as reações e ações de mudança que existirão.
Quanto o desejo, pensa-se tudo de uma forma muito instintiva, diria até, meio sem lógica, como se pensar com prós e contras fosse uma sabotagem do sonho, só que um dia o sonho se realiza, geralmente de uma forma inesperada e é ai que tudo ganha um novo prisma, tudo ganha realidade, cor, forma, cheiro, sabor e um turbilhão de sentimentos que não foram se quer imaginados.
Tudo novo de novo, é um grande aprender só que com um pouco mais de experiência, fato que não garante muita coisa, mas até que ajuda um pouco, nascem inseguranças, bate uma certa impaciência e às vezes até uma possível vontade de desistir, o novo não fácil e nem sempre leve, o novo pode ser bom, ruim, uma mistura de várias vertentes e por isso assusta e por assustar instiga.
Nesse turbilhão em que me encontro, observo tudo com olhos famintos e ao mesmo tempo com um medo assustador que me faz ter cuidado, mas não me diz como tê-lo, logo, tenho seguido meus instintos, coisa que nunca fui muito adepto, poderia até dizer como na música do Renato Russo que estou “...atrás da mesa com o cu na mão....”
                Então tenhamos cuidado com o que desejamos pois acontece, e quando acontece vem um pacote com tudo que lembramos de especificar e com o que esquecemos de enfatizar, mas do contrário seria tudo tão chato, já imaginou se as coisas acontecessem exatamente como pensássemos, seria praticamente como reprisar a vida.
                Odeio reprises, adoro segurança e contraditoriamente gosto de uma novidade vez por outra, sou humano como diria o filosofo demasiadamente humano.
                Eu só quero acertar, pois as vezes penso que meu tempo pode estar acabando.

Ricardo Pereira,
Recife, 26 de abril de 2011, 21:53.

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